A vitória de Morsi pôs à prova a articulação da Irmandade Muçulmana, grupo organizado que passou a maior parte de sua existência na clandestinidade, banida tanto por Nasser quanto por Mubarak. A estratégia para participar da vida política egípcia era infiltrar seus membros em pequenos partidos nas eleições locais. Assim, aos poucos conseguiu compor a maioria no Parlamento seguida dos salafistas, linha reformista baseada na ortodoxia restrita do Islã e segunda força política do país atualmente. Quando caiu Mubarak, em 2011, o grupo era a agremiação mais organizada e preparada para as eleições com a funda- ção do PLJ.
Fonte: Futuro Incerto. Carta na Escola, agosto de 2013.
Sobre o contexto geopolítico do país mencionado no texto é correto afirmar:
A junta militar que assumiu o poder após a derrubada de Mohamad Mursi é ligada à Irmandade Muçulmana.
O país é membro da OPEP e a séria crise política que o afeta é fator de preocupação às potências ocidentais que apóiam o regime do presidente eleito recentemente.
O Canal de Suez é pedra angular nessa questão e sua internacionalização levado a cabo por Mubarak foi o principal motivo de sua derrubada pelos egípcios inconformados.
O presidente Mohamad Mursi, ligado à Irmandade Muçulmana, foi o primeiro presidente democraticamente eleito do Egito, mas não concluiu seu mandato.
A Irmandade Muçulmana chegou ao poder através de Mohamad Mursi, mas não conseguiu compor a maioria no Parlamento que encaminhou o impeachment do presidente.