A vida é um processo material, que peneira a matéria e desliza sobre ela como uma onda estranha e lenta. É um caos artístico controlado, um conjunto de reações químicas desnorteantemente complexo, que produziu, há mais de 80 milhões de anos, o cérebro mamífero que hoje, sob a forma humana, redige cartas de amor e usa computadores de silício para calcular a temperatura da matéria na origem do Universo. A vida, além disso, parece estar prestes a perceber, pela primeira vez, seu lugar estranho mas verdadeiro num cosmo em inexorável evolução. A vida, como fenômeno local da superfície terrestre, na verdade só pode ser compreendida em seu meio cósmico.
(MARGULIS; SAGAN, 2002, p.44).
A respeito das características que qualificam todos os seres vivos celulares como algo distinto da matéria bruta, é correto afirmar:
A reprodução sexuada é responsável pela geração de descendência com limitada diversidade genética.
A vida é moldada a partir de uma matéria cósmica exposta às radiações lentas e ionizantes que conservam as suas informações hereditárias invioláveis.
Complexas reações químicas em mamíferos primitivos delinearam a estrutura do cérebro humano durante o período próximo à origem do Universo.
As reações que caracterizam o metabolismo são responsáveis pela capacidade dos seres vivos de desenvolver uma organização interna com base na matéria e energia que retiram do ambiente.
As modificações evolutivas inerentes aos seres vivos aumentam o potencial adaptativo das espécies, ao privilegiar uma conformidade genética entre todos os organismos.
A alternativa que atende a esse critério é a letra D.