“A tortura foi uma política de Estado durante a ditadura militar”, diz o sociólogo Paulo Sérgio Pinheiro, um dos sete integrantes da Comissão Nacional da Verdade. “As torturas, os desaparecimentos, os assassinatos não foram resultado de excessos cometidos por alguns integrantes do aparato do Estado.”
Estadão Conteúdo, 25 de outubro de 2012.
Nas décadas de 60 e 70 do século passado, as ditaduras militares foram comuns na América Latina. Com relação às ditaduras latino-americanas, assinale a opção correta.
Desvinculados dos interesses que moviam a Guerra Fria, os regimes militares latino-americanos seguiam projetos nacionalistas e buscavam uma reestruturação das sociedades em que foram implantados.
As ditaduras militares na América Latina possuíam em comum o modelo econômico planificado, distinguindo-se pelas posições ideológicas assumidas.
De forma particular, a suspensão dos direitos individuais e as práticas de tortura foram observadas apenas no Brasil e na Argentina.
Em grande parte os regimes militares encontraram apoio nas classes rica e média, temerosas da força demonstrada pela classe trabalhadora. Seguindo o ideário liberal, os regimes militares assumiram uma postura progressista, despolarizaram a disputa política e asseguraram os direitos dos cidadãos.
Em outros países latino-americanos, como a Argentina e o Chile, os responsáveis pelas práticas de perseguição política, torturas e mortes foram punidos, independentemente de patentes e cargos exercidos. Tais punições serviram para apaziguar a sociedade e fortalecer a coesão social.