“A tematização da brincadeira enquanto prática corporal exige que um novo conceito seja formado acerca do seu papel na escola. Em lugar de pensar a brincadeira enquanto uma estratégia de ensino e regulação, a concepção aqui adotada concebe-a como artefato cultural. A cultura, por sua vez, é tratada como dimensão simbólica presente nos significados compartilhados por um determinado grupo. Trata-se de uma prática social. Nesse enfoque, coisas e eventos do mundo natural existem, mas não apresentam sentidos intrínsecos: os significados são atribuídos a partir da linguagem. Pertencer a um grupo cultural implica o compartilhamento de um conjunto de significados que as linguagens colocam em circulação”.
NEIRA, Marcos Garcia. Práticas Corporais: brincadeiras, danças, lutas, esportes e ginásticas. São Paulo: Editora Melhoramentos, 2014, p. 36.
De acordo com a proposta, é correto afirmar:
Ao colocar a brincadeira essencialmente como estratégia para o alcance de objetivos educacionais, considera-se interessante o fato de que a brincadeira selecionada pode não possuir ancoragem social, ou seja, não estar lastreada na cultura do grupo.
Aquelas brincadeiras inventadas, presentes em muitos livros e manuais didáticos, são consideradas boas práticas pedagógicas.
É o professor que seleciona determinadas práticas lúdicas, planejando os objetivos que pretende alcançar, inventando brincadeiras que visem beneficiar o desenvolvimento das crianças.
Se a iniciativa da brincadeira for exterior, não há problema, pois, toda brincadeira agrada a criança; mesmo que fique inibida, isso não comprometerá o desenvolvimento da prática.
Nas atividades escolares, problematizar junto às crianças as brincadeiras que conhecem, para então, pedagogicamente, socializá-las, ampliando o repertório cultural do grupo.