A Segunda Guerra Mundial levou os governos de Getulio Vargas e de Franklin D. Roosevelt à celebração dos Acordos de Washington; formalidade que resultou na chamada Batalha da Borracha (1942-1945) durante a qual “os nordestinos recrutados para trabalhar nos seringais foram chamados de soldados da borracha, mas jamais receberam soldo nem medalhas”
(NEVES, Marcos Vinícius. In: História Viva, n.o 8, 2004).
Assinale a alternativa correta:
O governo brasileiro comprometia-se em fornecer aos Aliados (Estados Unidos, Inglaterra e França) um mínimo de 100.000 toneladas de borracha silvestre anuais, tal volume deveria substituir a produção do sudeste asiático, região que estava sob o domínio dos nazi-facistas japoneses.
Com o advento dos Acordos de Washington a Amazônia voltou protagonizar no cenário mundial, era mais uma oportunidade para o desenvolvimento social e econômico da região, pois foi nesse período de esplendor cosmopolita que as cidades de Belém e Manaus viveram a chamada Belle Époque.
Os soldados da borracha, também conhecidos por arigós, chegaram a Amazônia em três grandes levas migratórias administradas pelas seguintes órgãos governamentais: DNI (Departamento Nacional de Imigração); RDC (Rubber Development Corporation), SEMTA (Serviço Especial de Mobilização de Trabalhadores para a Amazônia) e a CAETA (Comissão Administrativa de Encaminhamento de Trabalhadores para a Amazônia).
O número de imigrantes nordestinos que foram deslocados para a Amazônia durante a Batalha da Borracha é controverso, alguns contam 60.000 ou 100.000 trabalhadores, enquanto que Samuel Benchimol no seu livro Romanceiro da Batalha da Borracha estima que pelo menos 500.000 “soldados da borracha”, recrutados no Nordeste foram encaminhados para a Amazônia.
O novo fluxo migratório aumentou o número de habitantes da Amazônia, assim como os resultados da Batalha da Borracha foram satisfatórios, pois o volume da produção de borracha em 1945, superando as exportações desse produto registrado no ano de 1912, algo em torno de 43.000 toneladas.