A segunda fase do Modernismo (1930-45) colheu os resultados da fase precedente, substituindo o caráter destruidor pela intenção construtiva, pela recomposição de valores e configuração da nova ordem estética. Cessada a batalha, as águas assentaram, e puderam os membros da nova geração tirar os efeitos do desmonte e aplicar as fórmulas estéticas obtidas com a revolução em tentativas de novas sínteses. A poesia prossegue a tarefa de purificação de meios e formas iniciadas antes, ampliando a temática na direção da inquietação filosófica e religiosa. A prosa, por sua vez, alargava a sua área de interesse para incluir preocupações novas de ordem política, social, econômica, humana e espiritual.
Coutinho, Afrânio. Introdução à Literatura no Brasil. 19ª ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007.
Na Segunda Geração do Modernismo, a piada foi substituída pela gravidade de espírito, pela seriedade de alma, de propósitos e meios. A Geração de 30 revela
o interesse por uma literatura excessivamente erótica e apelativa, pois a exaltação do amor carnal é a grande marca deste momento.
a preocupação com o destino do homem e com as dores do mundo.
a contenção emocional e a recuperação da disciplina formal valorizando a herança parnasiana.
uma postura crítica, anarquista e combativa em relação a todos os valores literários e artísticos.
a produção de uma literatura alienada política e socialmente, pois retoma o lema da “arte pela arte”.