A rotação de culturas é uma prática importante para o manejo de doenças em plantas cultivadas, incluindo a soja. A decomposição dos restos culturais da soja pode eliminar o substrato nutritivo dos patógenos que causam doenças na lavoura, reduzindo a incidência e a severidade das doenças na cultura subsequente. No entanto, alguns patógenos podem permanecer viáveis no solo ou em restos culturais por longos períodos, e a rotação de culturas deve ser planejada cuidadosamente para minimizar o risco de doenças em futuras safras. Sobre isso, é correto afirmar que:
Para patógenos que permanecem viáveis livres no solo, como o Rhizoctonia solani, que causa o tombamento de plântulas e a morte em reboleira, é importante priorizar a rotação de culturas com plantas como milho ou sorgo.
Para patógenos que permanecem viáveis por longos períodos, como os esclerócios de Sclerotinia sclerotiorum, que causam o mofo branco, a rotação de culturas com plantas como milho ou sorgo não é recomendável.
Se houver incidência de Sclerotinia sclerotiorum, o girassol, o nabo forrageiro e a canola devem ser incluídos no esquema de rotação de culturas. Isso ocorre porque essas plantas não são hospedeiras do patógeno e podem diminuir a sua incidência no solo.
A rotação de culturas entre soja e tremoço (branco, amarelo ou azul) é recomendada caso haja a presença de Diaporthe phaseolorum var. meridionalis, o causador do cancro da haste na soja.
A rotação da soja com espécies suscetíveis, como o milheto, pode ajudar a elevar a incidência de doenças como a mancha parda (Septoria glycines) e o crestamento foliar (Cercospora kikuchii) na cultura da soja.