A República procurou converter Canudos num grande exemplo: um exemplo da barbárie contra a civilização; do atraso contra a modernidade. [...] Havia mesmo um abismo entre as diferentes partes do país, e era premente o alerta para que as elites intelectuais e políticas olhassem, finalmente, para seu interior.
(Lilia M. Schwarcz e Heloisa M. Starling. Brasil: uma biografia, 2018.)
A partir do texto e de conhecimentos sobre Canudos, é possível associar este movimento à
abolição da escravidão, que unia a defesa do retorno da monarquia ao esforço de aumentar a exportação do açúcar nordestino.
valorização do bom selvagem, que unia elementos da ideologia positivista a princípios do pensamento iluminista.
eliminação da influência política da Igreja católica, que unia crenças milenaristas à recusa da institucionalização das religiões.
luta pela terra, que se unia ao misticismo, à mobilização social e à rejeição ao caráter oficialmente laico da República brasileira.
tradição cultural brasileira, que unia a intolerância às ideologias estrangeiras à valorização das manifestações culturais indígenas.
Para resolver esta questão, siga estes passos:
A Guerra de Canudos (1896–1897) ocorreu no sertão da Bahia, quando o Exército da República Velha enfrentou seguidores de Antônio Conselheiro. Essa comunidade tinha forte caráter religioso e organizava-se em torno de práticas messiânicas e econômicas de subsistência.
O enunciado contrapõe “barbárie” e “civilização” e menciona um “abismo” entre o centro urbano e o interior. Revela como as elites republicanas viam Canudos como atraso e ameaça à modernidade.
A única opção que reúne luta pela terra, misticismo, mobilização social e rejeição ao caráter laico da República é a D.