A professora pergunta para a Mariazinha:
– Mariazinha, me dê um exemplo de verbo.
– Bicicreta! – respondeu a menina.
– Não se diz “bicicreta”, e sim “bicicleta”. Além disso, bicicleta não é verbo. Pedro, me diga você um verbo.
– Prástico! – disse o garoto.
– É “plástico”, não “prástico”. E também não é verbo. Laura, é sua vez: me dê um exemplo correto de verbo – pediu a professora.
– Hospedar! – respondeu Laura.
– Muito bem! – disse a professora. Agora, forme uma frase com este verbo.
– Os pedar da bicicreta é de prástico!
ABAURRE, Maria Luiza e PONTARA, Marcela. Gramática – Texto: análise e construção de sentido. Volume único. São Paulo: Moderna, 2006, p. 76.
Em se tratando do conteúdo e da construção do humor do Texto 3, analise as proposições a seguir.
I. A professora reprime, em sala de aula, o uso de uma variedade linguística de menor prestígio social.
II. As formas “bicicreta”, “prástico” e “pedar”, assim como a ausência de marcas de concordância,
indicam que os alunos dominam variedades linguísticas válidas em certos contextos de uso, ainda
que distantes da norma-padrão.
III. O humor do texto reside na falta de originalidade da frase formada por Laura, uma vez que ela
utilizou as respostas fornecidas anteriormente pelos seus colegas.
IV. A professora não se deu conta da semelhança fônica entre o verbo “hospedar” e a expressão “os
pedar”, esta última distante do padrão linguístico socialmente instituído.
Estão CORRETAS, apenas:
I e II.
I, II e III.
I, II e IV.
I, III e IV.
II e IV.