A presença de portugueses e outros europeus na África intensificou-se a partir do século XV, impulsionada por interesses comerciais. No contexto das trocas comerciais que se efetivaram, houve crescente demanda por escravos. O comércio escravista estabelecido principalmente por portugueses, na África,
desestabilizou as trocas e as rotas comerciais vigentes no continente, uma vez que o comércio de ouro, marfim e pedras preciosas, até então hegemônico, foi abandonado e substituído pelo tráfico de escravos gerido pelas feitorias portuguesas.
destruiu a convivência pacífica existente entre as sociedades africanas, uma vez que a disputa pelo abastecimento do tráfico instituído pelos portugueses estimulou guerras religiosas, além de provocar uma grande baixa demográfica.
alterou a estrutura econômica e a dinâmica do co mér - cio escravista existente no continente, uma vez que pas sou a ser feito em enorme escala, priorizando a cap - tura massiva de homens para o fornecimento de mão de obra às plantações coloniais no continente americano.
aprofundou uma prática que existia há séculos, uma vez que o comércio escravista africano era responsável pela riqueza de vários reinos, abastecendo não apenas o continente em questão, como os países árabes muçulmanos e europeus.
desequilibrou as relações comerciais, culturais e políticas entre as diferentes sociedades africanas, uma vez que os reinos da costa ocidental passaram a ser subjugados pelos reinos da África oriental, engajados no tráfico escravista implementado por Portugal.