A pelagem das preguiças parece ser realmente um bom meio de cultura de algas. Tem estrias e fissuras e, ao contrário do pelo de outros mamíferos, absorve água. Além de fornecer um despiste cromático para os mamíferos, as algas talvez sejam uma pequena fonte extra de nutrientes que seriam absorvidos por difusão pela pele das preguiças. Outras hipóteses ainda não testadas têm sido propostas para explicar essa estreita ligação entre algas e preguiças. As algas poderiam, por exemplo, produzir substâncias que deixariam os pelos com a textura mais apropriada para o crescimento de bactérias benéficas. Ou ainda produzir certos tipos de aminoácidos que absorveriam raios ultravioleta, ou seja, atuariam como protetores solares para as preguiças.
(Adaptado: Revista Pesquisa Fapesp, junho de 2010, p. 61)
Nem todas as espécies de mamíferos têm a cor da pelagem influenciada pela presença de algas, mas sim determinada por fatores genéticos. Em certa espécie, dois genes com segregação independente atuam na cor da pelagem. O primeiro gene apresenta dois alelos, sendo que o alelo recessivo “a” inibe a produção de pigmento, gerando indivíduos de fenótipo albino. O alelo “A” determina a produção de pigmento. O padrão de distribuição desse pigmento é condicionado por outro gene que, também, possui dois alelos. O alelo P determina coloração aguti e é dominante sobre o alelo “p”, que determina coloração preta uniforme.
Do cruzamento de um animal uniformemente preto com um animal albino, foram obtidos apenas descendentes agutis e albinos, em proporções iguais.
Com base no texto é correto afirmar que os genótipos desses descendentes são, respectivamente:
ppAa, PPaa
PpAa, Ppaa
PPAA, ppaa
PPaa, ppAA
PpAa, PpAa