A pelagem das preguiças parece ser realmente um bom meio de cultura de algas. Tem estrias e fissuras e, ao contrário do pelo de outros mamíferos, absorve água. Além de fornecer um despiste cromático para os mamíferos, as algas talvez sejam uma pequena fonte extra de nutrientes que seriam absorvidos por difusão pela pele das preguiças. Outras hipóteses ainda não testadas têm sido propostas para explicar essa estreita ligação entre algas e preguiças. As algas poderiam, por exemplo, produzir substâncias que deixariam os pelos com a textura mais apropriada para o crescimento de bactérias benéficas. Ou ainda produzir certos tipos de aminoácidos que absorveriam raios ultravioleta, ou seja, atuariam como protetores solares para as preguiças.
(Adaptado: Revista Pesquisa Fapesp, junho de 2010, p. 61)
Não se sabe ao certo qual a relação ecológica estabelecida entre algas e preguiças.
No entanto, o texto levanta várias possibilidades. Assinale a alternativa que associa corretamente a descrição da relação ecológica e o termo que a designa.
Caso a alga tenha somente no animal o ambiente adequado para se desenvolver e a preguiça dependa da proteção das algas para sobreviver, configura-se o mutualismo.
Se as algas produzirem alimento e as preguiças comerem as algas, ficaria caracterizado o comensalismo.
Caso a vida das algas dependa da preguiça e ao mesmo tempo a relação seja indiferente para o mamífero, a relação ecológica seria a de parasitismo.
Caso a relação entre as espécies seja imprescindível para a vida de ambas, fica configurada a protocooperação.
Se ficar comprovado que as preguiças absorvem nutrientes pela pele, a relação estabelecida é a de parasitismo, e as algas seriam as hospedeiras.