A pedra fundamental do liberalismo costuma ser identificada com Adam Smith, mais especialmente com a publicação de A riqueza das nações, em 1776.
Smith afirma que o mundo seria melhor – mais justo, racional,eficiente e produtivo – se houvesse a mais livre iniciativa, se as atitudes econômicas dos indivíduos e suas relações não fossem limitadas por regulamentos e monopólios garantidos pelo Estado ou pelas corporações de ofício. Prega a necessidade de desregulamentar e privatizar as atividades econômicas, reduzindo o Estado a funções definidas, que delimitassem apenas parâmetros bastante gerais para as atividades livres dos agentes econômicos. São três as funções do governo na argumentação de Smith: a manutenção da segurança interna e externa, a garantia da propriedade e dos contratos e a responsabilidade por serviços essenciais de utilidade pública.
Segundo a doutrina liberal, a procura do lucro e a motivação do interesse próprio são inclinações fundamentais da natureza do homem. Elas estimulam o empenho e o engenho dos agentes, recompensam a poupança, a abstinência presente,e remuneram o investimento. Além disso, premiam a iniciativa criadora, incitando ao trabalho e à inovação. Como resultado, cria-se um sistema ordenador (e coordenador) das ações humanas, identificadas com ofertas e demandas mediadas por um mecanismo de preços. Esse sistema social revelaria de modo espontâneo e incontestável as necessidades de cada um e de todos os indivíduos. O sistema também indicaria a eficácia da empresa e dos empreendedores, sancionando as escolhas individuais, atribuindo-lhes valores negativos ou positivos.
(Neoliberalismo, 2001. Adaptado.)
O liberalismo de Adam Smith
prega um movimento de estatização das empresas, a fim de que a economia não fique sujeita à vontade de corporações privadas que só agem em benefício próprio.
sugere que o papel do Estado na economia deve ser circunscrito a fornecer diretrizes genéricas, sem interferir demais na atividade econômica.
defende que a livre iniciativa se encarregue da manutenção da segurança interna e externa do país.
vê o Estado como um agente que deve impor regras e, a despeito dos interesses individuais, decidir os destinos da economia.
supõe que os interesses divergentes dos agentes econômicos individuais são prejudiciais ao Estado e, portanto, devem ser controlados.