A partir dos anos 70, impõe-se um movimento de desconcentração da produção industrial, uma das manifestações do desdobramento da divisão territorial do trabalho no Brasil. (...) A produção industrial torna-se mais complexa, estendendo-se sobretudo para novas áreas do sul e para alguns pontos do Centro-Oeste, do Nordeste e do Norte (Manaus). Paralelamente, as áreas industriais já consolidadas ganham dinamismos diferentes dos que definiram a industrialização em períodos anteriores.
Fonte: SANTOS, M. & SILVEIRA; M. L. O Brasil: território e sociedade no início do século XXI. 16ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2012, p.106.
Sobre a distribuição espacial da atividade industrial no Brasil, o texto aponta para a seguinte conclusão:
A gestão do território pelas metrópoles consolidadas passa a ter um papel chave nos processos de desconcentração industrial.
As áreas industriais tradicionais, como as metrópoles paulista, mineira e fluminense, entraram em decadência.
A região Norte, mesmo com a decadência do Polo Industrial e da Zona Franca de Manaus, assumiu a liderança industrial nacional.
As novas áreas industriais, como o Sertão nordestino e Oeste amazônico, despontam como as áreas mais dinâmicas do país.
A nova divisão territorial do trabalho no Brasil tornou as metrópoles do Centro-Sul subordinadas às novas cidades médias.