A partir dos anos 1980, no Brasil e em muitos países, há uma nova preocupação sociológica e cultural com as formas pelas quais a juventude ocupa o espaço público com as chamadas “tribos urbanas”, constituídas, notadamente, por punks e darks e, posteriormente, por muitas outras identidades juvenis. Uma via de interpretação a respeito deste fenômeno trata de sua comparação com os movimentos juvenis da década de 1960 no Ocidente. Entre as novas abordagens presentes no Brasil acerca da juventude, destacam-se aquelas que se contrapõem às explicações funcionalistas, bem como se afastam de influências marxistas.
Sobre essas novas abordagens, é correto afirmar:
as novas tribos urbanas da década de 1980 permitem sustentar a constatação de que a juventude é um risco para a sociedade e que as manifestações culturais juvenis são tanto fatores de anomia das estruturas sociais quanto resultado da desagregação familiar.
a década de 1980 representou uma radicalização dos ideais revolucionários da juventude da década de 1960, de modo a confirmar seu potencial contestador e emancipatório, com vistas a um projeto de sociedade livre das estruturas sociais que oprimem o indivíduo.
a interação com a indústria cultural e com os meios de comunicação de massa, as formas de lazer, os estilos, a apropriação, criação e reprodução cultural são elementos constitutivos das identidades juvenis desde o período posterior à Segunda Guerra Mundial.
a indústria cultural e os meios de comunicação em massa são eficientes sistemas de controle social na modernidade, por meio da homogeneização e da alienação das identidades juvenis, cujo resultado é a passividade e a despolitização dos indivíduos.