“A partir da segunda metade do século XVIII, enquanto alguns países da Europa Ocidental assistiam à vitória das forças ligadas ao capitalismo, em outros países empreendeu-se uma política reformista visando à modernização dos Estados pelos respectivos soberanos. A essa política, que variou segundo as circunstâncias próprias a cada país, denominamos de despotismo esclarecido ou reformismo ilustrado. Geralmente os ‘monarcas esclarecidos’ adotavam a fraseologia dos filósofos do Iluminismo para empreender a modernização de seus Estados; tratava-se de adaptar alguns princípios novos a Estados de condições socioeconômicas e políticas atrasadas.”
AQUINO, R. História das Sociedades.
Das Sociedades Modernas às Sociedades Atuais.
RJ: Novo Milênio, 2010.
O apogeu do despotismo esclarecido na Prússia foi atingido no governo de Frederico II, o Grande. Influenciado principalmente pelo ideário de Voltaire, ele acreditava que o rei era o coração, a alma e o cérebro do Estado. Para o monarca, o objetivo de governo era o bem comum, a preocupação com os interesses, felicidade e bem estar do povo. Ao assumir o poder, Frederico II adotou uma série de medidas, como:
Confisco dos bens e as propriedades da Igreja, distribuindo essas terras aos nobres.
Elevação do imposto de captação, sobretaxando os camponeses prussianos, o que aumentou as receitas do Estado.
Abolição das torturas aos presos políticos, concedendo aos prussianos plena liberdade de expressão.
Manutenção do regime de servidão e aumento dos direitos dos proprietários sobre os servos da terra.
Criação de um Tribunal de Justiça para julgar delitos da nobreza e promulgação de uma Constituição baseada em princípios democráticos.