A partir da década de 1970, a lógica do desenvolvimento capitalista na agricultura se faz no interior do processo de internacionalização da economia brasileira. Esse processo se dá no âmago do capitalismo mundial e está relacionado, portanto, com o mecanismo da dívida externa.
(Adaptado de: OLIVEIRA, Ariovaldo U. Agricultura brasileira: transformações recentes. In: Ross, Jurandyr (org.). Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 1995)
Uma consequência do que está exposto no texto é:
A mecanização do campo, impropriamente acusada de modernização conservadora, possibilitou ao país tornar-se autossuficiente em produtos destinados à cesta básica.
O setor agropecuário tornou-se prioridade a partir dos governos militares, passando a representar quase metade do PIB (Produto Interno Bruto) do país.
A expansão da agricultura moderna deu origem a políticas públicas destinadas a desconcentrar a estrutura fundiária em regiões de povoamento recente.
A expansão da agricultura modernizada no espaço brasileiro foi fator fundamental para reduzir o êxodo rural e ampliar o trabalho assalariado no campo.
Em busca de superavit na balança comercial, a agricultura brasileira se modernizou voltando-se para cultivos destinados ao mercado externo, como a cana-de-açúcar e a soja.