A maioria dos kits comerciais usados para a identificação genética humana contém o marcador do gene amelogenina como identificador de gênero. O gene amelogenina (AMELX), presente no cromossomo X, codifica a proteína amelogenina, que participa do desenvolvimento do esmalte dentário; a amplificação do AMELX origina um produto de 106 pb. Outra versão desse gene, o AMELY, é encontrada no cromossomo Y e sua amplificação origina um produto de 112 pb.
Observe a seguir o esquema que mostra o resultado parcial do sequenciamento de duas amostras de DNA, provenientes de dois indivíduos diferentes (I e II). Os picos mostram o resultado para o gene da amelogenina.
Considerando a inexistência de alterações cromossomiais, a análise do eletroferograma permite concluir que
a amostra II pertence a uma mulher, pois o pico único corresponde ao gene AMELX, localizado na região do cromossomo X que não é homóloga ao cromossomo Y, sendo esse gene restrito ao sexo feminino.
a amostra II pertence a um homem, pois o pico único corresponde ao gene AMELY localizado na região não homóloga do cromossomo Y, que é restrita ao sexo masculino.
a amostra I pertence a uma mulher, pois mostra dois picos de leitura, correspondentes a cada um dos genes homólogos AMELX presentes em cada cromossomo X.
a amostra I pertence a um homem, pois mostra dois picos de leitura, um correspondente ao gene AMELX presente no cromossomo X e outro correspondente ao gene homólogo AMELY presente no cromossomo Y.
a amostra I pertence a uma mulher, pois mostra dois picos de leitura, correspondentes aos dois alelos AMELX presentes nos cromossomos X, já que a mulher será sempre homozigota dominante.