A longo prazo, dizia o economista John Maynard Keynes, estaremos todos mortos. A longo prazo, talvez seja o caso de parafrasear, estaremos todos menos sujeitos a morrer atingidos por armas de fogo hoje livremente negociadas nos mercados internacionais. Essa é a expectativa, entre otimista e realista, que se pode cultivar agora que a Assembleia-Geral das Nações Unidas — depois de duas décadas de pressões e sete anos de negociações — acaba de aprovar por esmagadora maioria o primeiro tratado sobre o comércio internacional de armamentos convencionais, que movimenta cerca de US$ 70 bilhões por ano.
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,uma-fresta-se-abre-na-onu-,1016845,0.htm
A reportagem acima refere-se ao recém-aprovado Tratado sobre o Comércio de Armas (TCA). Sobre esse tema, é correto afirmar:
Os Estados Unidos votaram contra o TCA, alegando que ele viola o direito de autodefesa e ameaça a soberania nacional.
O TCA restringe duramente as vendas domésticas de armamentos leves nos países signatários, o que contribuiu para a demora nas negociações.
Rússia, China e Índia, maiores exportadores mundiais de armamento, votaram favoravelmente ao TCA.
Visando conter o avanço do terrorismo, o TCA proíbe a venda de armas para grupos não estatais, mesmo no caso de rebeldes que lutem contra um Estado opressor.
O TCA veta a venda de armamento a governos que possam utilizá-lo em genocídios, tenham praticado crimes de guerra ou respaldem o terrorismo.