A lógica portuguesa para ocupação do território americano e sua inserção como colônia de exploração teve como elementos:
Inicialmente, a da implementação do sistema de posse da terra com as capitanias hereditárias e, posteriormente, buscando novas opções de ocupação territorial, a fundação de vilas e de cidades, para garantir a posse portuguesa e defender o território de investidas estrangeiras.
a venda de terras para nobres portugueses e holandeses (estes apenas no Nordeste brasileiro), visando à ocupação do litoral, e a fundação de fazendas de produção de charque bovino em direção ao interior do Brasil, acompanhando o curso de grandes rios.
o lucrativo comércio do açúcar com a Europa e do café nos Estados Unidos, buscando explorar ao máximo os recursos naturais e distribuindo as terras públicas no sistema de capitanias hereditárias e, depois, de sesmarias.
o consórcio com ingleses, franceses e holandeses para a ocupação do Nordeste brasileiro e do Rio de Janeiro, buscando produzir açúcar, ouro e charque e revendendo-os aos lucrativos mercados europeus.
a constituição de cidades e de povoações no formato de capitanias hereditárias e um empreendimento comum com a Espanha, a chamada União Ibérica, visando ao mútuo desenvolvimento, e a exploração dos recursos naturais e minerais, captando mão de obra nativa indígena, expulsando para regiões cada vez mais afastadas permitindo a ocupação europeia.