A Libras possui um sistema pronominal para representar as pessoas do discurso. No singular, o sinal para todas as pessoas é o mesmo, o que difere uma das outras é a orientação da mão: o sinal para “eu” é um apontar para o peito do emissor (a pessoa que está falando), o sinal para “você” é um apontar para o receptor (a pessoa com quem se fala) e o sinal para “ele/ela” é um apontar para uma pessoa que não está na conversa ou para um lugar convencionado para uma terceira pessoa que está sendo mencionada.
Em relação à primeira pessoa, quando uma pessoa surda está conversando, é correto afirmar que
diferentemente da Língua Portuguesa, pelo fato de não existir sujeito oculto nas frases, a primeira pessoa sempre deverá ser citada para que não ocorra a silepse de sujeito como figura de linguagem.
igualmente à segunda e à terceira pessoa, seja no plural ou no singular, a Língua de Sinais exige que a primeira pessoa seja enfaticamente sinalizada para que não haja dúvidas quanto ao fato a ser transmitido, uma vez que a Libras é uma língua visual.
ela pode omitir a primeira pessoa porque, pelo contexto, as pessoas que estão interagindo sabem a qual das duas o contexto está relacionado, por isso, quando a primeirs pessoa está sendo utilizada pode ser para dar ênfase à frase.
por educação, não se aponta para si mesmo diretamente. Nesta situação, o enunciador faz um sinal com os olhos e um leve movimento de cabeça. Essa regra de etiqueta implica uma forma de humildade.
fica sempre a critério do usuário a utilização ou não da representação da primeira pessoa, embora se recomende o uso, pois a sua não utilização pode conferir um caráter de vulgaridade ao discurso.