UFSM 2014/1

A Lenda da Mandioca (lenda dos índios Tupi)

 

  Nasceu uma indiazinha linda, e a mãe

e o pai tupis espantaram-se:

  – Como é branquinha esta criança!

  E era mesmo. Perto dos outros curumins

da taba, parecia um raiozinho de lua.

Chamaram-na Mani. Mani era linda, silenciosa

e quieta. Comia pouco e pouco bebia. Os pais

preocupavam-se.

  – Vá brincar, Mani, dizia o pai.

  – Coma um pouco mais, dizia a mãe.

  Mas a menina continuava quieta, cheia

de sonhos na cabecinha. Mani parecia esconder

um mistério. Uma bela manhã, não se

levantou da rede. O pajé foi chamado. Deu

ervas e bebidas à menina. Mas não atinava

com o que tinha Mani. Toda a tribo andava

triste. Mas, deitada em sua rede, Mani sorria,

sem doença e sem dor.

  E sorrindo, Mani morreu. Os pais a enterraram

dentro da própria oca. E regavam

sua cova todos os dias, como era costume entre

os índios Tupis. Regavam com lágrimas de

saudade. Um dia perceberam que do túmulo

de Mani rompia uma plantinha verde e viçosa.

  – Que planta será esta? Perguntaram,

admirados. Ninguém a conhecia.

  – É melhor deixá-la crescer, resolveramos

índios.

  E continuaram a regar o brotinho mimoso.

A planta desconhecida crescia depressa.

Poucas luas se passaram, e ela estava

altinha, com um caule forte, que até fazia a

terra se rachar em torno.

  – A terra parece fendida, comentou a

mãe de Mani.

  – Vamos cavar?

  E foi o que fizeram. Cavaram pouco e,

à flor da terra, viram umas raízes grossas e

morenas, quase da cor dos curumins, nome

que dão aos meninos índios. Mas, sob a casquinha

marrom, lá estava a polpa branquinha,

quase da cor de Mani. Da oca de terra de Mani

surgia uma nova planta!

  – Vamos chamá-la Mani-oca, resolveram

os índios.

  – E, para não deixar que se perca, vamos

transformar a planta em alimento!

  Assim fizeram! Depois, fincando outros

ramos no chão, fizeram a primeira

plantação de mandioca. Até hoje entre os

índios do Norte e Centro do Brasil é este um

alimento muito importante.

  E, em todo Brasil, quem não gosta da

plantinha misteriosa que surgiu na casa de

Mani?

Fonte: GIACOMO, Maria T. C. de. Lendas brasileiras, n. 7, 2. ed. São Paulo: Edições Melhoramentos, 1977.

Considerando princípios ortográficos, fonológicos e morfológicos da língua portuguesa, analise as afirmativas a seguir.  

 

I - Se inserido acento na sílaba final de “esta” (ℓ.3), altera-se a tonicidade, mas mantém-se inalterada a classe de palavra. 

II - Em “linda” (ℓ.1), assim como em “quieta” (ℓ.7), verifica-se ocorrência de um fonema representado por duas letras. 

III - Diferentemente de “pouco”, nas linhas 7 e 37, a palavra “Poucas”, na linha 31, flexiona-se para concordar com o nome que a acompanha. 


Está(ão) correta(s)

a

apenas I.

b

apenas II.

c

apenas I e III.

d

apenas II e III.

e

I, II e III.

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