A interculturalidade crítica no campo da educação é uma construção a partir das pessoas subalternizadas historicamente pelo projeto colonial. Segundo Catherine Walsh (2009, p. 22), é um “movimento que amplia e envolve ‘em aliança’ setores que, da mesma forma, buscam alternativas à globalização neoliberal e à racionalidade ocidental, e que lutam tanto pela transformação social como para a criação de condições de poder, saber e ser muito diferentes. Pensada dessa maneira, a interculturalidade crítica não é um processo ou um projeto étnico, nem tampouco um projeto da diferença em si. Antes, e como argumenta Adolfo Albán (2008), é um projeto que aponta à reexistência e à própria vida, para um imaginário ‘outro’ e uma agência “outra” de com-vivência – de viver ‘com’ – e de sociedade.”
WALSH, Catherine. Interculturalidade Crítica e Pedagogia Decolonial: insurgir, re-existir e re-viver. In: CANDAU, Vera (org.) Educação Intercultural na América Latina: entre concepções, tensões e propostas. Disponível em: https://docplayer.com.br/183960197-Educacaointercultural-na-america-latina-entre-concepcoes-tensoes-epropostas.html. Acesso em: 21 nov. 22.
De acordo com o trecho, se praticarmos a interculturalidade em uma perspectiva crítica nas aulas de arte, podemos incluir situações de aprendizagem que
desenvolvam projetos de culturas visuais feitos para as pessoas que vivem no entorno da escola.
assumam o projeto de vida das pessoas em busca de um empreendedorismo individual.
articulam parcerias na construção coletiva de projetos que tratem das memórias e histórias vividas.
se limitem às pessoas que estão no contexto da sala de aula, incluindo as suas visualidades.
abordem obras de artistas negros e indígenas selecionadas pelo professor.