A Ingaia Ciência A madureza, essa terrível prenda que alguém nos dá, raptando-nos, com ela, todo sabor gratuito de oferenda sob a glacialidade de uma estela, a madureza vê, posto que a venda interrompa a surpresa da janela, o círculo vazio, onde se estenda, e que o mundo converte numa cela. A madureza sabe o preço exato dos amores, dos ócios, dos quebrantos, e nada pode contra sua ciência e nem contra si mesma. O agudo olfato, o agudo olhar, a mão, livre de encantos, se destroem no sonho da existência.
Ainda, do poema A Ingaia Ciência, é possível, também, afirmar que
não permite nenhum tipo de intertextualidade, já que sendo totalmente original, refere-se à maturidade como causa da infelicidade humana.
é destituído de força poética, visto que formalmente rígido, não apresenta nenhum recurso estilístico.
insere-se em uma obra cujo título denuncia a aproximação de opostos, caracterizados como oximoros.
é dominantemente constituído por uma linguagem de função referencial, mais preocupada com a informação do que com a expressividade lírica.