A Independência da América espanhola é um fato ambíguo e de difícil interpretação porque, uma vez mais, as ideias mascaram a realidade no lugar de desnudá-la ou expressá-la. Os grupos e classes que realizam a Independência na América do Sul pertenciam à aristocracia feudal nativa; eram os descendentes dos colonos espanhóis, colocados em situação de inferioridade frente aos peninsulares.
(Octavio Paz. O labirinto da solidão, 1999. Adaptado.)
Pode-se depreender do argumento contido no excerto que as independências das colônias espanholas da América implicaram
a aplicação nos novos estados independentes do programa liberal e revolucionário do socialismo europeu.
a criação de uma sociedade moderna por forças sociais nascidas durante o movimento de emancipação.
a manutenção da estrutura social e do estatuto da propriedade constituídos no período colonial.
a permanência do pacto colonial, o monopólio do comércio exterior das novas nações pela burguesia da metrópole.
a aliança das elites nativas em escala continental com o objetivo de unificar em um só Estado as antigas colônias.