A ideia de família patriarcal, mormente usada para caracterizar a sociedade da América portuguesa constitui alvo de constante discussão e revisão por diferentes historiadores que põem em xeque a generalização desse modelo para toda a sociedade colonial.
Assinale a alternativa incorreta, em relação a esta informação.
A família patriarcal com núcleo central composto pelo chefe da família – o homem, a mulher, os filhos, os netos, além de um núcleo secundário, formado por parentes, afilhados, agregados, amigos, serviçais, escravos, etc. – foi um modelo quase que exclusivo das elites agrárias do Brasil colonial.
A família patriarcal existiu e foi importante na sociedade colonial, porém é certo que não existiu sozinha.
Embora o modelo seja verdadeiro e corresponda ao passado familiar da América portuguesa, os modelos de família variaram segundo as heranças culturais, a região, as condições social e jurídica de seus componentes, entre outros.
Os historiadores discordam da generalização por um único e importante aspecto: a família patriarcal é um modelo válido apenas para a população branca que vivia na América portuguesa; não é válida para os escravos e índios, pois se sabe que essas populações não tinham família.
A família nuclear – formada pelo pai, a esposa e os descendentes legítimos, sem núcleo secundário – coexistiu com a família patriarcal na América portuguesa; este modelo ainda existe nos dias atuais, embora também não exista sozinho.