A gravidade, como já fez com Newton, continua a excitar a imaginação, levando a conclusões desnorteantes. Uma delas: quem viajar de navio da Cidade do Cabo, na África do Sul, até Belém, no Pará, vai percorrer uma imperceptível descida. Por causa das diferenças de massa do planeta no trajeto entre esses dois lugares – e, portanto, das variações do campo de gravidade da Terra –, o nível do mar no porto do sul da África do Sul está a 70 metros acima da altura do mar no porto de Belém. “Ninguém nota esse desnível porque a distância entre a África do Sul e o Brasil é muito grande, de quase 8 mil quilômetros”, assegura o geofísico Eder Cassola Molina, professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo (USP).
A força gravitacional expressa a atração física entre os corpos – e varia de acordo com a massa. Um exemplo cotidiano da ação dessa força é a maré oceânica, resultado da interação gravitacional entre a Terra, a Lua e o Sol, que faz a Terra se deformar diariamente. Capaz de atuar em qualquer ponto do Universo, a força da gravidade faz com que os corpos em queda livre nas proximidades da superfície terrestre sofram uma aceleração de aproximadamente 9,8 m/s², ou seja, sua velocidade de queda aumenta 9,8 m/s a cada segundo.
Internet:<revistapesquisa.fapesp.br> (com adaptações). Fragmento.
Dois corpos celestes de massas 𝑚₁ e 𝑚₂ , separados por uma distância 𝑑, interagem entre si com uma força gravitacional de módulo 𝐹. Tendo como referência Lei da Gravitação Universal de Newton e sua Constante da Gravitação Universal 𝐺, julgue o item:
Sendo o corpo de massa 𝑚1, um planeta que orbita uma estrela de massa 𝑚₂, e 𝐺=6,70⋅10⁻¹¹ 𝑚³/(𝑘𝑔⋅𝑠²), 𝑚₁=1,90⋅10²⁷ 𝑘𝑔 , 𝑚₂=2,00⋅10³⁰ 𝑘𝑔 e 𝑑=3,35⋅10¹¹ 𝑚, a velocidade linear desse planeta, supondo que a trajetória por ele descrita em torno da estrela seja circular, é superior a 1,50⋅10⁴ 𝑚/𝑠.