A formação do Nordeste do Brasil caracterizou-se, nos séculos XVI e XVII, pelas relações entre a economia escravista canavieira no litoral e a economia da pecuária no interior da região. O Complexo Econômico Nordestino, como ficou conhecido, cresceu nos dois primeiros séculos da colonização, para em seguida entrar em longa trajetória de decadência.
Pode-se afirmar sobre este acontecimento histórico que
a principal fonte de mão de obra para o crescimento da economia da região foi o trabalho compulsório de europeus, que vieram para o Nordeste com suas famílias.
a economia açucareira cresceu baseada no trabalho escravo, primeiro de indígenas e depois, primordialmente, de africanos que vieram para o Brasil em grande número.
a produção da cana de açúcar organizou-se em torno da pequena propriedade familiar, possibilitando uma maior integração dentro da região, bem como o surgimento de um mercado interno potente.
apesar de estruturarem o mesmo sistema econômico, a agricultura canavieira e a economia da pecuária não tinham fortes relações entre si, permanecendo como ilhas isoladas e essencialmente independentes.
o Complexo Econômico Nordestino permaneceu em sua trajetória de ascensão até meados do século XIX, quando foi superado pelo aparecimento da economia da borracha, desenvolvida na Região Amazônica.