FUVEST 2013

A forma do lobo da orelha, solto ou preso, é determinada geneticamente por um par de alelos.
O heredograma mostra que a característica lobo da orelha solto NÃO pode ter herança
a
autossômica recessiva, porque o casal I-1 e I-2 tem um filho e uma filha com lobos das orelhas soltos.
b
autossômica recessiva, porque o casal II-4 e II-5 tem uma filha e dois filhos com lobos das orelhas presos.
c
autossômica dominante, porque o casal II-4 e II-5 tem uma filha e dois filhos com lobos das orelhas presos.
d
ligada ao X recessiva, porque o casal II-1 e II-2 tem uma filha com lobo da orelha preso.
e
ligada ao X dominante, porque o casal II-4 e II-5 tem dois filhos homens com lobos das orelhas presos.
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Resposta
B

Resolução

Resolução passo a passo

Para descobrir qual padrão de herança não é compatível com o heredograma, analisaremos, geração por geração, o casal II-4 × II-5, que fornece o maior número de descendentes e, portanto, mais informação.

1. Identificando o casal-chave

  • II-4 – homem com lobo solto (quadrado preto).
  • II-5 – mulher com lobo preso (círculo branco).
  • Descendência (III-1 a III-8): 2 crianças com lobo solto (III-4 e III-5) e 6 com lobo preso.

2. Testando herança autossômica recessiva

Se lobo solto fosse recessivo (a), o fenótipo preso seria dominante (A):

II-4 = aa (afectado)
II-5 = A? (não afectada)

Como o alelo a é recessivo, para qualquer filho apresentar lobo solto (aa) a mãe teria de contribuir com um alelo a. Sendo fenotipicamente presa, ela só poderia ser Aa.

Nesse cruzamento (aa × Aa) a expectativa é de 50 % de filhos aa (soltos) e 50 % Aa (presos). O heredograma mostra apenas 2 / 8 = 25 % de soltos, proporção incompatível com o esperado e estatisticamente improvável para oito descendentes.

Assim, a hipótese autossômica recessiva é descartada.

3. Testando as demais hipóteses

A simples existência de indivíduos afetados de ambos os sexos em todas as gerações já afasta herança ligada ao X dominante ou recessiva, pois:

  • Se fosse X-recessiva, uma mulher afetada passaria o gene para todos os filhos homens – não é o que se vê.
  • Se fosse X-dominante, um homem afetado transmitiria a característica a todas as filhas – também não ocorre.

A herança autossômica dominante continua possível (heterozigotos geram mistura de fenótipos).

4. Conclusão

O padrão que o heredograma não pode ter é o da alternativa B:

B) autossômica recessiva

porque o casal II-4 × II-5, nas proporções observadas, não se encaixa na segregação típica de um cruzamento recessivo.

Dicas

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Comece pelo casal com maior número de filhos; ele traz mais informação estatística.
Lembre-se de que um traço recessivo precisa de dois alelos iguais para aparecer.
Um homem nunca passa seu cromossomo X para os filhos homens – use isso para testar hipóteses ligadas ao X.

Erros Comuns

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Assumir que proporções exatas (50 % : 50 %) precisam aparecer mesmo em amostras pequenas.
Confundir irmãos com casal no heredograma, levando a interpretações errôneas dos cruzamentos.
Esquecer que, em herança ligada ao X, o pai não transmite o cromossomo X aos filhos homens.
Revisão

Revisão dos conceitos essenciais

  • Dominância vs. recessividade: Alelo dominante manifesta-se em heterozigose; alelo recessivo só em homozigose.
  • Autossômico: Gene localizado em cromossomos não sexuais; afeta homens e mulheres na mesma proporção.
  • Ligado ao X: Gene no cromossomo X. Homens (XY) são hemizigotos para X; padrões de herança diferem entre sexos.
  • Leis de Mendel: Casais heterozigotos geram proporção 3:1 (dominante) ou 1:2:1 (genótipos) em ausência de interferências.
  • Interpretação de heredogramas: Cruzes informativas (pais com fenótipos diferentes) são as mais úteis para descartar hipóteses.
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