Para descobrir qual padrão de herança não é compatível com o heredograma, analisaremos, geração por geração, o casal II-4 × II-5, que fornece o maior número de descendentes e, portanto, mais informação.
Se lobo solto fosse recessivo (a), o fenótipo preso seria dominante (A):
II-4 = aa (afectado)
II-5 = A? (não afectada)
Como o alelo a é recessivo, para qualquer filho apresentar lobo solto (aa) a mãe teria de contribuir com um alelo a. Sendo fenotipicamente presa, ela só poderia ser Aa.
Nesse cruzamento (aa × Aa) a expectativa é de 50 % de filhos aa (soltos) e 50 % Aa (presos). O heredograma mostra apenas 2 / 8 = 25 % de soltos, proporção incompatível com o esperado e estatisticamente improvável para oito descendentes.
Assim, a hipótese autossômica recessiva é descartada.
A simples existência de indivíduos afetados de ambos os sexos em todas as gerações já afasta herança ligada ao X dominante ou recessiva, pois:
A herança autossômica dominante continua possível (heterozigotos geram mistura de fenótipos).
O padrão que o heredograma não pode ter é o da alternativa B:
B) autossômica recessiva
porque o casal II-4 × II-5, nas proporções observadas, não se encaixa na segregação típica de um cruzamento recessivo.