UERN 2013

A figura mostra o corte transversal de um tronco, apresentando os anéis de crescimento, que são estruturas formadas através do tempo, sendo conhecidos por anéis anuais, os quais facilitam a identificação do tempo de vida das árvores.

Assinale a afirmativa INCORRETA.

a

Surge através do câmbio da casca ou felogênio; é a parte externa da planta conhecida por periderme.

b

Durante o crescimento da planta, o xilema, formado basicamente pelo lenho, fica inativo e é conhecido como cerne.

c

Nem todo o lenho deixa de ser funcional. O alburno, conhecido como parte externa próxima ao câmbio, permanece em funcionamento.

d

O câmbio interfascicular, que surge por desdiferenciação de células adultas, forma sozinho um anel completo de tecido meristemático, observando cortes transversais do caule.

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Resposta
D

Resolução

Para determinar a alternativa incorreta, é preciso relembrar como ocorre o crescimento secundário (em espessura) dos caules de gimnospermas e dicotiledôneas lenhosas:

  • Do câmbio vascular derivam-se novos elementos de xilema (lenho) para dentro e de floema (líber) para fora, formando sucessivos anéis de crescimento.
  • Do felogênio (câmbio da casca) originam-se a periderme: súber (cortiça), felogênio e feloderme, que substitui a epiderme.
  • Com o tempo, a porção mais interna do lenho perde função de condução, passando a chamar-se cerne; a faixa mais externa, ainda ativa, é o alburno.
  • O câmbio vascular completo resulta da união de dois meristemas: câmbio fascicular (dentro dos feixes) + câmbio interfascicular (entre os feixes).

Analisemos cada proposição:

  1. A. Correta. A periderme forma-se a partir do felogênio (câmbio da casca) e compõe a camada externa do caule em crescimento secundário.
  2. B. Correta. A parte interna do xilema secundário deixa de conduzir seiva e passa a ser chamada de cerne.
  3. C. Correta. O alburno (faixa mais externa do lenho, perto do câmbio) permanece funcional na condução.
  4. D. Incorreta. O câmbio interfascicular não forma, sozinho, o anel completo; ele se une ao câmbio fascicular para constituir o anel contínuo de tecido meristemático.

Portanto, a alternativa incorreta é a letra D.

Dicas

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Lembre-se de que o anel cambial completo exige a participação dos câmbios localizados dentro e entre os feixes vasculares.
Alburno e cerne diferem quanto à condução de seiva: um é ativo, o outro não.
A camada externa lenhosa protetora (periderme) não se origina do câmbio vascular, mas de outro meristema secundário.

Erros Comuns

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Acreditar que apenas um tipo de câmbio (interfascicular) forma todo o anel cambial, ignorando o câmbio fascicular.
Confundir cerne com alburno, invertendo suas funções.
Imaginar que a periderme deriva do câmbio vascular em vez do felogênio.
Revisão

Conceitos-chave

  • Crescimento secundário: aumento em espessura em caules e raízes lenhosos, graças à atividade do câmbio vascular e do felogênio.
  • Câmbio vascular: meristema secundário cilíndrico que produz xilema secundário (para o centro) e floema secundário (para fora).
  • Anéis de crescimento: alternância anual de lenho de primavera (mais claro) e de outono (mais denso), visíveis em corte transversal.
  • Alburno × Cerne: alburno é lenho ativo na condução; cerne, lenho inativo e geralmente mais escuro.
  • Periderme: tecido protetor secundário formado por súber + felogênio + feloderme, substitui a epiderme.
  • Câmbio fascicular e interfascicular: porção meristemática no interior e entre os feixes que, juntas, originam um anel contínuo.
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