ENEM 2016 terceira aplicação

Análise Detalhada da Tirinha:

1. No primeiro quadrinho, Mafalda entrega o troco à sua mãe, confessando que pensou em ficar com ele para comprar balas, mas não conseguiu. Isso estabelece um conflito interno: o desejo de fazer algo (ficar com o troco) versus a incapacidade de fazê-lo por alguma razão.
2. No segundo quadrinho, Mafalda, frustrada, atribui a culpa por não ter ficado com o troco a um "maldito inquilino". Ela explica que esse "inquilino" começou a dizer que a ação (ficar com o troco) era "muito feio", "não se faz" e "sei lá o quê". Essas são expressões típicas de um julgamento moral sobre a ação.
3. No terceiro quadrinho, a mãe de Mafalda fica confusa e pergunta: "Inquilino? Que inquilino?". Isso mostra que a mãe está pensando no sentido literal da palavra "inquilino" (alguém que aluga uma moradia).
4. No quarto quadrinho, Mafalda esclarece o sentido figurado que usou. Ela aponta para si mesma e diz que é "esse que a gente tem aqui dentro".

Interpretação da Metáfora:

A palavra "inquilino" é usada por Mafalda como uma metáfora. Ela não se refere a uma pessoa real que mora com eles. Ao dizer que é um inquilino "que a gente tem aqui dentro", ela personifica uma voz ou sentimento interno que a impede de agir contra seus princípios morais.

Esse "inquilino" interno que julga as ações como certas ou erradas, bonitas ou feias (no sentido moral), é o que comumente chamamos de consciência. A consciência funciona como um guia moral interno, uma percepção das obrigações morais que nos leva a agir de determinada maneira, mesmo contra nossos desejos imediatos (como o desejo de Mafalda pelas balas).

Conclusão:

Portanto, o "inquilino" a que Mafalda se refere é a sua própria consciência, a percepção interna da obrigação moral de devolver o troco, mesmo querendo usá-lo para comprar balas.

A alternativa que melhor descreve essa ideia é a C) consciência da obrigação moral.