A expansão da Macedônia significou que as cidades gregas perderam, para sempre, sua independência política. A despeito das repetidas tentativas para reconquistar essa condição, as cidades-Estado foram forçadas a submeter-se a uma monarquia.
Apesar da crise grega, há triunfos intelectuais que precisam ser considerados.
(Flávia M. S. Eyler. História antiga: Grécia e Roma, 2014. Adaptado.)
Constitui exemplo desses “triunfos intelectuais”:
o sincretismo do realismo da arte grega com a religiosidade dos macedônios.
a difusão da língua e do pensamento filosófico na região mediterrânea.
o predomínio da educação cívica e da militarização na sociedade helenística.
o fim da concepção teocêntrica e do poder divino no império conquistado.
a valorização do racionalismo e da democracia no governo macedônico.
Para resolver a questão, primeiro identifique o tema central: o texto destaca que, mesmo com a perda da independência política das cidades-Estado gregas, ocorreram “triunfos intelectuais”. Sua tarefa é relacionar esse conceito ao contexto histórico helenístico.
No período de expansão macedônica, sobretudo sob Alexandre, o Grande, a cultura grega (língua, filosofia, literatura, artes) espalhou-se por todo o Mediterrâneo e Oriente Próximo. Surgiu a língua koiné, que facilitou a comunicação e o intercâmbio de ideias; escolas filosóficas se estabeleceram em várias cidades; obras literárias foram traduzidas e copiadas em larga escala.
Portanto, o exemplo de triunfo intelectual desse período é justamente a difusão da língua e do pensamento filosófico na região mediterrânea, o que corresponde à alternativa B.
1. Helenismo: fase histórica (século IV–I a.C.) marcada pela expansão das conquistas de Alexandre e pela miscigenação cultural entre gregos e povos orientais.
2. Koiné: forma comum do grego antigo que se tornou “língua franca” em vasto território, permitindo circulação de ideias.
3. Escolas filosóficas helenísticas: epicurismo, estoicismo, ceticismo, entre outras, que se espalharam e influenciaram diversas regiões.