A existência, de um lado, do Partido Conservador, e, de outro lado, do Partido Liberal, os dois nascidos no período da Regência, ambos empenhados na disputa do poder e, mais que isso, subdivididos em facções, precipita as crises políticas e traz, como consequência inevitável, a instabilidade administrativa.
(TÁVORA, Araken. D. Pedro II e o seu mundo. Rio de Janeiro: Documentário, 1976. p.30.)
Durante o Segundo Reinado (1840 e 1889), em face da disputa indicada no texto, a estratégia adotada por D. Pedro II consistiu em:
manipular a fragilidade do senado para impor seus projetos de modernização.
utilizar as prerrogativas do poder moderador para animar disputas partidárias.
manter uma postura de alheamento para salientar sua neutralidade política.
aproveitar as mudanças de gabinete para eliminar seus opositores políticos.
recorrer ao apoio da Inglaterra para legitimar a centralização do poder imperial.