A Europa sempre foi o berço da indústria. Durante séculos esteve na vanguarda da inovação industrial e contribuiu para melhorar o modo de se produzir, consumir e negociar em todo o mundo. Cabe-lhe voltar a assumir este papel, agora que a Europa inicia a transição para a neutralidade climática e a liderança no domínio digital, num mundo pautado por uma incessante mutação e crescente imprevisibilidade. A dupla transição, ecológica e digital, afetará todos os setores da nossa economia, sociedade e indústria. Exigirá novas tecnologias e, como corolário, investimento e inovação. Criará novos produtos, serviços, mercados e modelos empresariais, moldará novos tipos de empregos, agora inexistentes, que requerem competências que ainda não temos e permitir-nos-á passar de uma produção linear para uma economia circular.
(Comissão Europeia. “Uma nova estratégia industrial para a Europa”. Relatório, 10.03.2020. Adaptado.)
Uma vantagem competitiva para a efetivação das transições necessárias na indústria europeia é
a construção de parques tecnológicos, que incentivarão a abertura e o desenvolvimento de indústrias de base tecnológica a partir dos royalties arrecadados com a transferência de tecnologia para países emergentes.
o incentivo fiscal para as empresas que atuam nos setores de telecomunicações, audiovisual, biotecnologia e energias renováveis, que favorece a fragmentação do espaço produtivo e a concorrência díspar entre os países.
a modernização dos polos industriais de base, que torna viável o abandono da extração dos recursos minerais poluentes, como os que são extraídos no Vale do Rhur, na Inglaterra.
o estabelecimento da política industrial comum, que permite acelerar a adaptação das indústrias às alterações estruturais do mercado de carbono e ampliar o parque tecnológico e energético de base nuclear.
a produção de produtos e serviços com elevado valor agregado, que respeita as normas sociais, laborais e ambientais e viabiliza a liderança mundial em patentes de tecnologia.