A ética é um pressuposto teórico-político que se remete ao enfrentamento das contradições postas à profissão, através de uma visão crítica e fundamentada teoricamente das derivações ético-políticas do agir profissional (Resolução CFESS nº 273/1993). A respeito da dimensão ético-política do Serviço Social, de acordo com Netto (1999), marque a alternativa CORRETA.
É no processo de recusa e crítica do conservadorismo que se encontram as raízes de um projeto profissional novo, precisamente as bases do que se está denominando como projeto ético-político. Esse processo é iniciado na transição da década de 1940 a 1950, período que marca um momento importante no desenvolvimento do Serviço Social no Brasil, vincado especialmente pelo enfrentamento e pela denúncia do conservadorismo profissional.
A elaboração e a afirmação de um projeto profissional deve dar-se com a nítida consciência de que o pluralismo é um elemento factual da vida social e da própria profissão, que deve ser respeitado. Mas este respeito não deve ser confundido com uma tolerância liberal para com o ecletismo nem pode inibir a luta de ideias. Pelo contrário, o verdadeiro debate de ideias só pode ter como terreno adequado o pluralismo que por sua vez, supõe também o respeito às hegemonias legitimamente conquistadas.
Os projetos societários que respondem aos interesses das classes trabalhadoras e subalternas dispõem de condições menos favoráveis para enfrentar os projetos das classes proprietárias e politicamente dominantes, exceto no quadro de democracia política.
Os projetos profissionais são construídos por um sujeito coletivo, o qual se refere à respectiva categoria profissional, que é formada exclusivamente pelos profissionais de campo ou da prática, devidamente inscritos na respectiva organização profissional, todos estes membros de uma unidade que confere efetividade à profissão.
Os projetos profissionais também têm inelimináveis dimensões políticas, sempre explicitadas, especialmente quando apontam para direções conservadoras ou reacionárias.