À esquerda, a fotografia; à direita, o grafite inspirado por ela.
O beijo fraternal era uma saudação dos líderes socialistas cujo objetivo era demonstrar que havia uma ligação especial entre os países do bloco. O registro fotográfico do encontro entre Leonid Brejnev, da União Soviética, e Erich Honecker, da República Democrática Alemã, tornou-se um ícone da cultura pop. Em 1990, a fotografia inspirou o grafite de Dmítri Vrúbel, aplicado no Muro de Berlim, denominado “Meu Deus, ajuda-me a sobreviver a esse amor mortal”.
Sobre a ideia de ligação especial entre os países socialistas, pode-se afirmar que ela:
contrastava claramente com a relação conflituosa que todos os países capitalistas mantinham entre si e com a dominação imperialista a que eram submetidos os países subdesenvolvidos.
era resultado da identidade do sistema social e econômico. Por sofrerem boicote dos países capitalistas, os países socialistas se uniram em um bloco coeso e pacífico liderado pela República Popular da China e pela União Soviética.
nunca existiu, pois todos os governos dos países socialistas, particularmente os daqueles situados no Leste Europeu, apoiavam a adoção de um estilo de vida semelhante ao dos países capitalistas e se negavam abertamente a seguir as orientações da União Soviética.
só existia entre os países do Leste Europeu e a União Soviética, pois era fruto da gratidão espontânea pela expulsão dos invasores nazistas por parte do exército vermelho.
ignorava não somente os conflitos entre eles, como os que ocorriam entre a China e a URSS, como também o domínio que a União Soviética exercia sobre os países do Leste Europeu, que resultou na invasão da Hungria, em 1956, e da Tchecoslováquia, em 1968.