A Escravidão
Se é Deus quem deixa o mundo
Sob o peso que o oprime,
Se ele consente esse crime,
Que se chama escravidão,
Para fazer homens livres,
Para arrancá-los do abismo,
Existe um patriotismo
Maior que a religião.
Se não lhe importa o escravo
Que a seus pés queixas deponha,
Cobrindo assim de vergonha
A face dos anjos seus,
Em delírio inefável,
Praticando a caridade,
Nesta hora a mocidade
Corrige o erro de Deus!
Considerando a temática abordada no poema, é correto afirmar que ele se enquadra no movimento romântico
condoreiro, a exemplo de Castro Alves que, com o poema Navio Negreiro, aborda a questão da escravidão no Brasil.
indianista, a exemplo de Gonçalves Dias que, com o poema I – Juca Pirama, analisa a condição dos excluídos socialmente.
ultrarromântico, a exemplo de Fagundes Varela que, com o poema Cântico do Calvário, mostra o sofrimento do negro no Brasil.
condoreiro, a exemplo de Castro Alves que, com o poema Vozes d’África, exalta a força e a simpatia dos negros africanos.
ultrarromântico, a exemplo de Casimiro de Abreu que, com o poema Meus oito anos, recorda a escravidão que conhecera na infância.