A escravidão africana esteve presente em várias regiões da América espanhola durante todo o período colonial, sendo inclusive predominante em regiões como a costa peruana, partes da Colômbia, Venezuela, Cuba, etc. Entretanto, durante todo o período da existência do tráfico africano, a América espanhola recebeu apenas 1/15 dos escravos enviados para as colônias da América.
Em parte, podemos explicar o fato de que a escravidão negra foi menor na América Espanhola do que na América Portuguesa porque:
A geografia e o clima dificultavam a chegada de navios negreiros vindos da África.
Havia formas de trabalho compulsório como a mita e a encomienda que substituíam com eficiência a necessidade do escravo africano.
A Espanha católica não aceitava (ou aceitava com muita dificuldade) a escravidão em suas colônias durante os séculos XVI e XVII.
A maior parte da colonização da América Espanhola foi feita durante a Revolução Industrial e havia a preocupação com a manutenção de mercados consumidores nas colônias.
A Espanha foi uma das seis nações que assinaram a Bula Inter Coetera, onde os países signatários se comprometiam a utilizar o menor número possível de escravos africanos em suas colônias.