UFPA 2013/1

A eritroblastose fetal, ou doença hemolítica perinatal, consiste na destruição das hemácias do feto (Rh+) pelos anticorpos da mãe (Rh-) que ultrapassam lentamente a placenta. Devido a uma destruição maciça das hemácias, o indivíduo torna-se anêmico, e a hemoglobina presente no plasma é transformada, no fígado, em bilirrubina.

 

Em relação a essa condição, é correto afirmar:

a

A mãe (Rh-) só produzirá anticorpos anti-Rh se tiver uma gestação de uma criança Rh+ com passagem de hemácias para a circulação materna.

b

A mãe (Rh-) poderá produzir anticorpos anti-Rh devido a uma gestação de uma criança Rh+ cujas hemácias passaram para a circulação materna, comumente, por ocasião do parto, ou se receber uma transfusão de sangue incompatível (Rh+).

c

A mãe produzirá anticorpos anti-Rh que podem atingir todos os seus filhos Rh+, incluindo o feto que primeiro induziu a produção desses anticorpos.

d

No caso de mulheres Rh- que já tenham tido uma gestação anterior Rh+ e estejam novamente grávidas, é ministrada uma dose da vacina Rhogam por volta da 28ª semana de gestação e outra até 72 horas após o parto, o que evita, assim, que essa criança, caso seja Rh+, tenha eritroblastose fetal.

e

O tratamento de bebês que nascem com o problema pode incluir uma transfusão total de sangue. O bebê recebe sangue RH+, que já não terá mais suas hemácias destruídas pelos anticorpos da mãe presentes no recém-nascido.

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Resposta
B
Tempo médio
58 s

Resolução

Para entender a eritroblastose fetal (doença hemolítica do recém-nascido), é preciso lembrar que:

  • O fator Rh (antígeno D) está presente nas hemácias de indivíduos Rh+; ele está ausente em indivíduos Rh.
  • Pessoas Rh não possuem, naturalmente, anticorpos anti-Rh. Entretanto, se forem expostas a hemácias Rh+, podem sensibilizar-se e passar a produzir esses anticorpos (isoimunização).
  • Durante uma gestação Rh × Rh+, em geral, o feto Rh+ não sofre na primeira gravidez, pois a mãe ainda não está sensibilizada. O contato mais intenso de hemácias fetais com o sangue materno ocorre no parto.
  • Se a mulher Rh já estiver sensibilizada (por parto anterior ou transfusão incompatível), seus anticorpos IgG anti-Rh atravessam a placenta, destroem as hemácias fetais e provocam anemia, icterícia e, em casos graves, hidropsia fetal.

Assim, a afirmativa correta é a alternativa B.

Dicas

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Qual é a principal situação em que hemácias Rh+ entram na circulação de uma mulher Rh−?
Além da gestação, há outros cenários em que alguém Rh− pode receber hemácias Rh+?
Lembre-se: Rhogam previne a formação de anticorpos; não destrói anticorpos já formados.

Erros Comuns

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Acreditar que o primeiro bebê Rh+ sempre é afetado (erro da alternativa C).
Supor que Rhogam funciona depois da sensibilização (erro da alternativa D).
Imaginar que a transfusão terapêutica utilize sangue Rh+ (erro da alternativa E).
Revisão

Conceitos-chave

  • Fator Rh (antígeno D): proteína de membrana das hemácias. Indivíduos Rh+ a possuem; Rh não.
  • Sensibilização (isoimunização): produção de anticorpos anti-Rh por um indivíduo Rh após contato com hemácias Rh+ (parto, aborto, transfusão).
  • Anticorpos IgG: atravessam a placenta e podem atacar hemácias fetais.
  • Eritroblastose fetal: hemólise intra-útero causada por anticorpos maternos anti-Rh.
  • Profilaxia com Rhogam: administração de IgG anti-D à gestante Rh (28 semanas e até 72 h pós-parto) para impedir sua sensibilização.
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