A distribuição de quatorze espécies de camarão do gênero Alpheus, presentes nos mares do istmo do Panamá, chamou a atenção de cientistas. Após a análise morfológica e genética, descobriu-se que essas espécies se distribuem filogeneticamente em sete pares, sendo cada par formado por uma espécie do mar caribenho e outra do pacífico, como ilustra a figura.
A distribuição aos pares dessas espécies de camarão é melhor explicada pela hipótese de
evolução divergente, na qual espécies aparentadas geneticamente se diferenciam morfologicamente de acordo com a seleção natural.
coevolução, na qual espécies distintas evoluem em conjunto e são influenciadas mutuamente, levando a alterações semelhantes nas duas espécies.
evolução disruptiva, na qual os fenótipos extremos de uma mesma população são selecionados, podendo levar ao processo de especiação.
especiação alopátrica, na qual espécies ancestrais amplamente distribuídas são separadas geograficamente, culminando no isolamento reprodutivo.
deriva genética, na qual as diferenças genéticas entre os pares de espécies não podem ser explicadas por seleção natural.