A diplomacia de Jânio de certo modo desinteressou-se do sistema interamericano. Ao menos, não o via mais como horizonte exclusivo e incontornável da sua presença no mundo. Sentia-se atraída pelos continentes e regiões que começavam a alcançar a independência. [...] Mais forte ainda foi o interesse que despertou em Jânio o esforço de Nehru, Nasser, Sukarno e Tito de organizarem um terceiro sistema, nem soviético nem ocidental.
(Rubens Ricupero. A diplomacia na construção do Brasil, 2017.)
Jânio Quadros foi presidente do Brasil de janeiro a agosto de 1961.
A política exterior do governo
pressupunha a possibilidade de atuação autônoma de alguns Estados em um cenário internacional de tensão nuclear.
era uma continuidade das medidas nacionalistas de proteção ao processo de industrialização brasileira.
inseria-se na lógica republicana de participação do país nas decisões conjuntas dos países da América Latina.
apoiava-se nos movimentos de revolução socialista ocorridos nas nações recém-libertas do imperialismo europeu.
caracterizava-se pela defesa intransigente dos organismos internacionais como árbitros nos conflitos entre países.