A dialética não é um mero método que organiza, mentalmente, na cabeça do filósofo, a realidade que lhe é exterior. Ao contrário, a dialética é, para autores como Hegel e Marx, a única forma de ler a realidade sem traí-la ou distorcê-la, pois é na própria realidade que se situam as contradições dialéticas.
Ciente dessa compreensão, assinale a opção que exprime corretamente essa identificação da contradição do real com a forma de pensar.
O filósofo, ao olhar para o real, identifica-o como um mundo ausente de negações, fixo e imóvel, como o ser no poema de Parmênides.
Como pensou Platão, o devir dos entes finitos lhes permite participar de ideias contraditórias, mas estas próprias ideias não devêm.
Como pensou Heráclito, a própria realidade é repleta de mudanças e conflitualidades, o que faz com que o filósofo a pense mutável e contraditória.
A realidade, como pensou Demócrito, é um turbilhão de átomos agregando-se e desagregando-se em uma queda perpétua no vazio.