A crise econômica dos séculos XIV-XV produziu uma profunda inquietação intelectual, que se traduziu, nos campos filosófico, artístico e literário, pela idéia de renovação cultural. Este fenômeno, parte integrante de um processo histórico mais amplo – o início da transição feudalismo/capitalismo – iniciou-se nas Repúblicas Italianas, por volta de 1350, estendendo-se mais tarde, a outras áreas da Europa Ocidental. A expressão Renascimento é comumente utilizada para designar esta idéia de renovação, profundamente comprometida com a ressurreição das letras e das artes da Antiguidade Clássica, e que, segundo os humanistas da época renascentista, teria representado uma ruptura com a ‘ignorância bárbara’, que prevalecera durante a Idade Média. São características do movimento renascentista, EXCETO:
A utilização das novas línguas nacionais, derivadas do latim, como o espanhol, o português, o francês e o italiano.
A renovação do romance de cavalaria, valorizando o amor cortês.
A valorização do hedonismo em detrimento do ascetismo e misticismo medievais.
A grande preocupação com a figura humana, valorizando-se o nu, além do realismo, da harmonia, do senso de equilíbrio e proporção na arte.
A busca de uma interpretação do mundo através de novas teorias como o racionalismo, fugindo às explicações religiosas do período anterior.