A crise dos refugiados imortalizada para sempre no fundo do mar
A balsa de Lampedusa, nome da obra do artista britânico Jason de Caires Taylor, é uma das instalações criadas por ele para compor o acervo do primeiro museu submarino da Europa, o Museu Atlântico, localizado em Lanzarote, uma das ilhas do arquipélago das Canárias.
Lampedusa é o nome da ilha italiana onde a grande maioria dos refugiados que saem da África ou de países como Síria, Libano e Iraque tenta chegar para conseguir asilo no continente europeu.
As esculturas do Museu Atlântico ficam a 14 metros de profundidade nas águas cristalinas de Lanzarote.
Na balsa, estão dez pessoas. Todas têm no rosto a expressão do abandono. Entre elas, há algumas crianças. Uma delas, uma menina debruçada sobre a beira do bote, olha sem esperança o horizonte. A Imagem é tão forte que dispensa qualquer palavra. Exatamente o papel da arte.
Disponível em http Nconexaoptaneta com br. Acesso em. 22 pn 2019 (adaptado)
Além de apresentar ao público a obra A balsa de Lampedusa, essa reportagem cumpre, paralelamente, a função de chamar a atenção para
a ilha de Lanzarote, localizada no arquipélago das Canárias, com vocação para o turismo.
as muitas vidas perdidas nas travessias marítimas em embarcações precárias ao longo dos séculos.
a inovação relativa à construção de um museu no fundo do mar, que só pode ser visitado por mergulhadores.
a construção do museu submarino como um memorial para as centenas de imigrantes mortos nas travessias pelo mar.
a arte como perpetuadora de episódios marcantes da humanidade que têm de ser relembrados para que não tornem a acontecer.
Relacionar informações geradas nos sistemas de comunicação e informação, considerando a função social desses sistemas.