A criação do camarão em gaiolas tem gerado um dos principais impactos ambientais nas águas marinhas costeiras. A excreção dos animais e a ração artificial são os principais contribuintes para a ocorrência do desequilíbrio ambiental gerado por esta atividade. O uso de macroalgas pode ser uma alternativa viável para a redução dos impactos ambientais, promovendo com isso uma diversificação econômica, podendo ainda favorecer o desenvolvimento das espécies cultivadas.
(Alexandra R. da Silva Freire et al. “Estudo preliminar sobre o cultivo integrado algas/camarão”. Anais do VIII Congresso de Ecologia do Brasil, setembro de 2007. Adaptado.)
O uso de macroalgas na criação do camarão é uma alternativa viável para a redução dos impactos ambientais. Isso ocorre porque as macroalgas
liberam gás oxigênio na água pela fotossíntese, o que impede a decomposição da ração não consumida e das fezes por bactérias anaeróbias patogênicas.
promovem a decomposição dos nutrientes da ração não consumida e das fezes dos camarões por meio do processo fotossintético, o que reduz o acúmulo de toxinas na água.
transformam a amônia tóxica das fezes e o nitrito da ração não consumida em nitrato, um composto que pode ser metabolizado pelo fitoplâncton.
competem por nutrientes da ração não consumida e das fezes dos camarões com os protistas dinoflagelados, que causam o fenômeno da maré vermelha.
absorvem os compostos nitrogenados e fosfatados das fezes dos camarões e da ração não consumida, e evitam, com isso, a eutrofização das águas costeiras.