A Comunidade Econômica Europeia, que deu origem à União Europeia (UE), foi estabelecida em 1957 pelo Tratado de Roma. Ao longo do tempo, mais de 20 países aderiram ao bloco e vários estão negociando sua entrada. Mas, desde o processo de desligamento do Reino Unido, em 2016, vêm aumentando as manifestações de ceticismo quanto à integração europeia ser um mecanismo eficaz para enfrentar os desafios econômicos e políticos da atualidade, no âmbito nacional e internacional.
Para os grupos eurocéticos,
a UE não consegue administrar os grandes desafios transnacionais que afetam o cenário doméstico, como no caso dos refugiados, que deveriam ser absorvidos pelo mercado de trabalho local.
os projetos de soberania devem ser retomados, em sintonia com os princípios nacionalistas do movimento “Em Marcha!”, vitorioso nas eleições presidenciais francesas.
a UE diminui a margem de manobra dos governos nacionais, o que dificulta o controle das fronteiras e aumenta o risco de ações terroristas no território.
as políticas de austeridade fiscal e o alto custo de pertencer à UE são compensados pelo menor preço dos produtos, graças ao mercado único.
a adesão de seus países à UE é fator de instabilidade e de insegurança e, por isso, repudiam a desislamização, a xenofobia e o fortalecimento de identidades locais.