“A carne, o couro, o sebo, a graxa, além de pagarem nas alfândegas do país o duplo do dízimo de que se propuseram aliviar-nos exibiam mais quinze por cento em qualquer dos portos do Império. Imprudentes Legisladores nos puseram, desde esse momento, na linha dos povos estrangeiros, desnacionalizaram a nossa província e de fato a separaram da Comunhão Brasileira”.
Manifesto do Presidente da República Rio-grandense, 1838.
As lideranças sulistas envolvidas na Revolta dos Farrapos pretendiam conquistar mais autonomia, porém mantendo os vínculos com o Império, porque
mantinham acordos de cooperação triangulares entre o Império brasileiro, a Coroa portuguesa e seus próprios interesses.
foram obrigados a esse posicionamento pelo Império, sob pena de perderem seus bens.
a República rio-grandense só poderia se estabelecer a partir do apoio e do aval do Império.
o separatismo poderia significar a perda do mercado brasileiro de charque.
os farrapos, os trabalhadores pobres mobilizados pelas lideranças, exigiam a manutenção da relação com o Império, pois acreditavam na sua proteção contra as constantes invasões paraguaias.