URCA 2020/1
“A ‘caça às bruxas’ da ‘Operação Limpeza’, na qual a tortura, como instrumento de domínio, adquiriu uma importância crescente, primeiro visava às instituições ‘marxistóides’ como o Movimento pela Educação Básica (MEB) e a Juventude Universitária Católica (JUC), mas logo a ‘ação limpeza’ tornou-se para alguns a oportunidade bem-vinda de acerto de velhas contas com inimigos particulares ou adversários e concorrentes políticos. Observações como a do ministro da Guerra – ‘esse é meu’ – referente à punição de certos personagens, confirma abertamente essa noção.”
(DRESSEL, Heinz F. Brasil: de Getúlio a Itamar – Quatro décadas de História Vivida. Ijuí: Ed, UNIJUÍ, 1997, p. 103)
O texto acima refere-se a um dos períodos bastante conturbado da História do Brasil ao qual muitos historiadores denominam de Ditadura Militar.
Sobre este período, assinale a alternativa correta:
Um dos movimentos contrários ao regime de 1964 foi o conhecido como Tradição, Família e Propriedade (TFP), que tinha como principais bandeiras o fim da propriedade privada e a defesa do Estado Laico;
A “caça às bruxas” teve como objetivo perseguição, tortura e exílio exclusivamente de pessoas ligadas às ideias comunistas, recebendo apoio de políticos importantes como Juscelino Kubitscheck, Carlos Lacerda e João Goulart que se beneficiaram com a Operação Limpeza”;
Após as eleições para governador de 3 de outubro de 1965 e o fortalecimento da oposição ao regime militar, o Presidente General Humberto de Alencar Castelo Branco, através do Ato Institucional N° 2, dissolveu os partidos existentes, estabelecendo-se o bipartidarismo: a Aliança Renovadora Nacional (ARENA) e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB);
Com a eleição direta de Costa e Silva, um típico general da chamada “linha dura”, Castelo Branco e sua “política legalista” perdeu espaço para a corrente militarista, iniciando-se a escalada autoritária do regime militar;
Estudantes, professoras(es), atrizes e atores, compositoras(es), cantoras(es) foram perseguidos, torturados e exilados, exceto os que tinham grande respaldo junto à sociedade, poupados de perseguições para evitar maiores desgastes políticos, como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque, José Serra e o líder estudantil Edson Luis.
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