A Caatinga é um ecossistema que se encontra nos lados equatoriais dos desertos quentes, com índices pluviométricos muito baixos. Chove pouco no inverno e as chuvas, quando ocorrem, acontecem no verão. Apresenta plantas semelhantes às das regiões de deserto quente, do tipo xerófitas, como as cactáceas, com adaptações às condições de escassez de água.
SADAVA. D. et.el. Vida: a ciência da biologia. Porto Alegre: Artmed, 2009 (adaptado).
Uma característica que permite a sobrevivência dessas plantas, na condição da escassez citada, é a presença de
caule subterrêneo.
sistema radicular fasciculado.
folhas modificadas em espinhos.
parênquima amilífero desenvolvido.
limbo foliar desprovido de estômatos.
A questão descreve o bioma Caatinga, caracterizado por baixa pluviosidade e altas temperaturas, e menciona a presença de plantas xerófitas, como as cactáceas, adaptadas à escassez de água. Pede-se para identificar uma característica que permite a sobrevivência dessas plantas nessas condições.
1. Análise do ambiente e das plantas: A Caatinga é um ambiente semiárido, exigindo adaptações das plantas para sobreviver com pouca água. As plantas mencionadas são xerófitas (adaptadas a ambientes secos), com exemplo das cactáceas (cactos).
2. Avaliação das opções em relação à economia de água: O principal desafio é a perda de água por transpiração, que ocorre majoritariamente nas folhas.
3. Opção A (caule subterrâneo): Caules subterrâneos (rizomas, tubérculos) estão mais relacionados ao armazenamento de reservas nutritivas ou à propagação vegetativa. Embora algumas plantas de deserto possam ter, não é a principal adaptação para evitar a perda de água nas partes aéreas, como nos cactos.
4. Opção B (sistema radicular fasciculado): Sistemas radiculares fasciculados (raízes em cabeleira) são típicos de monocotiledôneas e geralmente exploram uma área superficial do solo. Plantas de deserto frequentemente desenvolvem raízes pivotantes muito profundas para alcançar lençóis freáticos ou raízes superficiais muito extensas para captar a pouca chuva que cai. O sistema fasciculado não é a adaptação mais característica ou eficiente para a extrema seca mencionada.
5. Opção C (folhas modificadas em espinhos): Esta é uma adaptação clássica de muitas plantas xerófitas, especialmente cactos. A transformação das folhas em espinhos reduz drasticamente a superfície foliar, minimizando a perda de água por transpiração. Além disso, os espinhos protegem a planta contra herbívoros. A fotossíntese nesses casos é realizada pelo caule, que geralmente é verde e suculento (armazenador de água).
6. Opção D (parênquima amilífero desenvolvido): O parênquima amilífero armazena amido (reserva energética). Plantas de ambientes secos, como os cactos, possuem um parênquima aquífero bem desenvolvido para armazenar água, não necessariamente amilífero como principal adaptação à seca.
7. Opção E (limbo foliar desprovido de estômatos): Os estômatos são essenciais para as trocas gasosas (entrada de CO₂ para fotossíntese e saída de O₂ e vapor d'água). A ausência completa de estômatos inviabilizaria a fotossíntese na folha. Plantas xerófitas possuem adaptações para reduzir a perda de água pelos estômatos (como fechá-los durante o dia - Metabolismo Ácido das Crassuláceas - CAM, ou tê-los em criptas, ou em menor número), mas não a ausência total.
8. Conclusão: A modificação das folhas em espinhos (Opção C) é a adaptação mais direta e eficaz mencionada entre as opções para reduzir a perda de água em plantas como as cactáceas, típicas da Caatinga.
Adaptações de Plantas Xerófitas:
Plantas xerófitas são aquelas adaptadas a viver em ambientes com pouca disponibilidade de água (ambientes xéricos), como desertos e a Caatinga.