A alegria ainda morou na cabana, todo o tempo que as espigas de milho levaram para amarelecer.
Uma alvorada, caminhava o cristão pela borda do mar. Sua alma estava cansada.
O colibri sacia-se de mel e perfume; depois adormece em seu branco ninho de cotão, até que volta no outro ano
a lua das flores. Como o colibri, a alma do guerreiro também satura-se de felicidade, e carece de sono e repouso.
A caça e as excursões pelas montanhas em companhia do amigo, as carícias da terna esposa que o esperavam
na volta, e o doce carbeto no copiar da cabana, já não acordavam nele as emoções de outrora. Seu coração ressonava.
Quando Iracema brincava pela praia, os olhos do guerreiro retiravam-se dela para se estenderem pela imensidade dos mares.
Viram umas asas brancas, que adejavam pelos campos azuis. Conheceu o cristão que era uma grande igara de muitas velas, como construíam seus irmãos; e a saudade da pátria apertou-lhe no seio.
O trecho acima integra o romance Iracema, de José de Alencar. Dele não se pode afirmar que
revela o arrefecimento das emoções do personagem, acometido por um sentimento que o distancia das ações cotidianas de seu grupo.
indicia a duração e a passagem do tempo, marcadas por fenômeno da natureza.
revela mudança dos humores causada pelo sentimento de saudade por um bem antigo e distante.
caracteriza um texto cuja linguagem se marca pela função emotiva, já que trata dos sentimentos do personagem.